sábado, janeiro 25, 2025
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Avião desvia rota e pousa em Salvador após problema técnico

Um avião da empresa Azul Linhas Aéreas que saiu do Recife (PE) com destino ao Rio de Janeiro (RJ), transportando 136 pessoas, precisou desviar de rota e pousar no Aeroporto de Salvador na madrugada desta segunda-feira (30), após apresentar um problema técnico.

Inicialmente, a Vinci Airports, que administra o terminal, havia classificado a situação como pouso de emergência. Ao fim da manhã, a concessionária disse que a nota emitida à imprensa foi modificada e adotou um novo termo: pouso de prioridade.

Vídeos mostram o desespero dos passageiros com a situação, entre eles um produtor do grupo Menos é Mais e a atriz Isis Broken, que está no ar atualmente na novela ‘No Rancho Fundo’, da TV Globo. Além do susto, ela também relatou ter sofrido transfobia por parte da tripulação. [Veja detalhes abaixo]

O voo AD4032 saiu da capital pernambucana às 2h35 com destino ao Rio de Janeiro, onde deveria chegar às 5h25, sem previsão de escalas e conexões, segundo clientes. No entanto, o avião parou na capital baiana por volta das 5h.

A Vinci detalhou que foram realizados procedimentos técnicos de segurança para o pouso e desembarque de passageiros. A Azul Linhas Aéreas disse que foi realizado um “pouso não programado por problemas técnicos”, que não foram detalhados. A concessionária também não informou o que houve com a aeronave.

A companhia aérea lamentou os transtornos e disse que “ações como essa são necessárias para garantir a segurança das operações”.

Desespero e transfobia

Vídeos gravados por passageiros ainda dentro da aeronave mostram o desespero com a situação. Conforme um deles, entre o aviso de pouso e a chegada em solo, foram cerca de 60 minutos de sobrevoo.

“Que alívio! Deu tudo certo, graças a Deus!”, disse um homem, que não foi identificado.

A atriz e cantora sergipana Isis Broken também viveu momentos de aflição. “Foi muito tenso, meu Deus, eu nunca senti tanto medo em toda a minha vida, nunca. Eu juro!”, disse, em entrevista para a TV Bahia.

A artista relatou, ainda, que foi vítima de transfobia enquanto tentava buscar informações junto aos comissários sobre a suposta pane. Isis Broken identifica-se como travesti e contou que um funcionário da empresa aérea referiu-se a ela usando a expressão masculina “senhor”.

“Eu falei que meu nome era Isis, que era senhora, e ele me chamou de senhor, um completo desrespeito. Eu pedi o crachá dele para saber o nome dele, ele não queria me dar o nome. Eles não dizem nada do que aconteceu, a gente vai sabendo por coisas que a gente foi vendo no meio do voo. Dizem que é uma pane, uma falha, mas a gente não sabe”, desabafou.

Sobre esta situação, a Azul Linhas Aéreas disse que “repudia e combate todo e qualquer tipo de discriminação, seja por raça, gênero, orientação sexual, religião, ideologia, origem étnica ou diversidade funcional”, e que oferece “um serviço personalizado, com qualidade, eficiência, presteza e principalmente segurança”. Além disso, garantiu que “os tripulantes são treinados e orientados para seguir todos os procedimentos e prestar a assistência necessária aos clientes”.

‘Avião rebocado’

O Grupo Menos é Mais fez show no festival Samba Recife, na capital pernambucana, neste domingo (29) e o produtor musical Miguel Schonmann também estava a bordo da aeronave. Ele publicou em uma rede social detalhes do clima de tensão durante a viagem.

Segundo o produtor, uma comissária de bordo acordou os passageiros na madrugada e avisou que o avião teria de fazer um “pouso forçado”, orientando a todos que retirassem objetos pontiagudos, como óculos, e, ao comando da tripulação, abraçassem o próprio corpo como medida de segurança — posição conhecida como “brace”, que costuma ser solicitada durante risco de queda de avião.

Schonmann postou também que teve a percepção de que a tripulação estava “sem controle total da aeronave”, e afirmou que o avião precisou ser “rebocado” na pista.

De acordo com a Azul, os clientes serão reacomodados em outros voos, mas até às 12h ainda não tinham informações de embarque para o destino final. Um grupo fez reclamações no guichê da empresa no terminal aéreo, com direito a gritos e xingamentos.

Conforme a companhia aérea, os passageiros receberam vouchers de R$ 50 para lanches, no início da manhã. Não há detalhes sobre custos de almoço.

Direitos do consumidor

A resolução de número 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estabelece que, em caso de atraso, deve ser oferecida assistência material, conforme a necessidade de espera:

  • a partir de 1 hora: comunicação (internet, telefone etc.);
  • a partir de 2 horas: alimentação (voucher, refeição, lanche etc.);
  • a partir de 4 horas: hospedagem (somente em caso de pernoite no aeroporto) e transporte de ida e volta;
  • Se o passageiro estiver no local de seu domicílio, a empresa poderá oferecer apenas o transporte para sua residência e de sua casa para o aeroporto.

O Passageiro com Necessidade de Assistência Especial (Pnae) e seus acompanhantes sempre terão direito à hospedagem, independentemente da exigência de pernoite no aeroporto.

Se consumidor sentir que o dano do atraso ou do cancelamento foi grave, seja porque perdeu um evento importante — como uma entrevista de emprego ou casamento — ou por outro motivo e deseja receber alguma indenização além do reembolso, deve entrar com o requerimento por meio do órgão de defesa do consumidor, o Procon.

Fonte: g1 Bahia

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Fonte: Acorda Cidade

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